A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul deixou uma marca indelével em Alessandro Barcellos. O presidente do Internacional agora se divide entre a reconstrução do clube e a dor de ver a destruição causada pelas enchentes nas instalações do time colorado.
Barcellos abriu as portas do Centro de Treinamentos do Parque Gigante, revelando um cenário devastador. De barco, foi possível observar o complexo submerso. O clube aguarda que o local seque para avaliar a extensão dos danos e determinar o que pode ser recuperado antes de iniciar as reformas. As estimativas indicam um prejuízo de R$ 35 milhões para a reconstrução das estruturas do CT e do Beira-Rio, além dos custos com hospedagem e deslocamentos para os jogos.
Emoção tomou conta do presidente do Internacional
Em meio a essa situação, a colaboração entre Grêmio, Inter e Juventude se destacou como um alento. Na terça-feira, os clubes anunciaram uma união de esforços para ajudar o estado a se reerguer. Barcellos, emocionado, ressaltou a importância dessa parceria:
— Precisamos estar conectados. As ações serão conjuntas, recuperando nosso patrimônio e ajudando o Rio Grande a se reerguer. É um compromisso que temos de assumir, mas ao mesmo tempo, é difícil não se emocionar e não imaginar o que precisamos. Juntar forças. Desculpe — disse Barcellos, às lágrimas.
Com o Beira-Rio em reformas, a previsão otimista é de que o clube ficará afastado do estádio por pelo menos 60 dias. A perda do fator casa certamente impacta o desempenho em campo, mas também serve como motivação.
— É a nossa segunda casa e de milhões de colorados. Todos estão preocupados. Juntaremos toda essa força que temos recebido para a recuperação. A união dos colorados nos ajudará a superar essa crise. Um ano importante, em que investimos muito. Ainda temos esperança de reerguer o estádio, nosso CT, que foi o mais danificado, sem desconectar da vida das pessoas. É assim que temos vivido — concluiu Barcellos.