Buscando novos locais para treinar e jogar, o Inter já possui uma estimativa preliminar dos danos causados pela enchente que atingiu suas instalações em Porto Alegre. O clube calcula que poderá gastar R$ 35 milhões na recuperação do Beira-Rio e do Centro de Treinamento do Parque Gigante, além das despesas com viagens, hospedagem e alimentação durante o período em que estiver fora de casa.
Para efeito de comparação, essa quantia ultrapassa o valor investido pelo clube na contratação do atacante Rafael Borré nesta temporada. O Colorado pagou 6,2 milhões de euros (R$ 34,39 milhões na cotação atual) para trazer o colombiano do Eintracht Frankfurt, divididos em três parcelas anuais.
Além das obras necessárias no estádio e no CT, os valores incluem reparos no ginásio Gigantinho e no CT Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, na região metropolitana. A casa das categorias de base também sofreu com alagamentos, embora em menor escala.
E o CT do Inter?
O Centro de Treinamento Parque Gigante, onde a equipe de Eduardo Coudet realiza seus treinos, permanece submerso 14 dias após o início da cheia do Guaíba. Há receio de que os danos sejam irreparáveis. Os gramados do complexo estão seriamente afetados. As áreas administrativas e a academia também foram atingidas, mas a verdadeira extensão dos prejuízos só poderá ser avaliada quando a água recuar.
A maior parte dos recursos será direcionada ao Beira-Rio. Além do gramado, que precisará ser replantado, o primeiro nível do estádio foi inundado, danificando toda a instalação elétrica, o museu, os vestiários, e diversos equipamentos elétricos e eletrônicos.