Miguel Ángel Ramírez creditou o mais novo insucesso contra o Grêmio aos detalhes. Após perder por 2 a 1 no Gre-Nal, o treinador avaliou que, apesar do controle em boa parte do jogo, o Inter não conseguiu traduzir isso em mais gols. Também rechaçou que a o histórico recente de insucessos diante do maior rival interfira no vestiário e bancou Zé Gabriel, criticado pela torcida.
Tão logo encerrou o clássico 431, o espanhol concedeu entrevista coletiva. Ramírez alertou que em uma final é importante manter a atenção durante os 90 minutos para evitar os erros que possam custar o resultado de uma partida. Ainda lamentou a falha de pontaria nas oportunidades criadas.
– Fomos capazes de fazer o que treinamos. E falamos antes da partida, do rival, que os detalhes podem ser decisivos. Entre os detalhes, estão espaço, concentração. Com jogadores com tanta hierarquia, eles podem castigar. Tivemos chances, a bola não entrou. Há coisas que você não controla. Falamos quando goleamos aqui. O detalhe você não controla – justificou.
O treinador ainda saiu em defesa de Zé Gabriel. Criticado por parte da torcida, o zagueiro voltou a errar passes em demasia. Foram 10, o jogador que mais falhou no quesito do Inter. No empate do Grêmio, ainda se atrapalhou com Víctor Cuesta e permitiu que Diego Souza marcasse. Ramírez, entretanto, diz que se ampara nos treinamentos para mantê-lo no time.
– Creio que esse juízo é errôneo e injusto. Marcar quem erra. Não. Se erra, erra como outro companheiro, eu. Não é ele quem acumula mais erros. É injusto. Analisamos e buscamos corrigir. Digo que vendo novamente o jogo, o rendimento é positivo.
Tenho informações do dia a dia, o treinamento, capacidade de execução, entendimento do que pedimos. Quem entende melhor é Zé Gabriel. Por isso joga. Eu vejo todos os dias. Sei as razões que ele joga.
— Miguel Ángel Ramírez
A sequência negativa no clássico também foi questionada. Ramírez perdeu o segundo Gre-Nal nos dois disputados até aqui pelo clube. Porém, desde 2016, o Grêmio leva ampla vantagem nos clássicos. A sequência não é algo que interfira no vestiário, garante.
– São vocês (jornalistas) que têm esse pensamento, apontam o ruído. O plantel, o clube, não fica na semana pensando assim. É mais um ruído externo que aparece. A nós cabe escutar ou não. Eu prefiro não escutar. Não escuto nada, não vejo nada. Não tenho esse pensamento. Vivemos o último.
Assista a entrevista coletiva após o Grenal 431