A eleição para a presidência do Sport Club Internacional está tomando contornos inusitados à medida que dois candidatos, Alessandro Barcellos e Roberto Melo, buscam conquistar a preferência dos associados, tendo como trunfo dois bilionários notáveis: Elusmar Maggi e Delcir Sonda. Ambos empresários bem-sucedidos e fervorosos torcedores colorados, Maggi e Sonda surgem como mecenas, dispostos a injetar recursos no clube para enfrentar desafios financeiros e fortalecer o time.
Os Mecenas:
Elusmar Maggi, recentemente anunciado como apoiador da chapa liderada por Barcellos, é sócio do Grupo Bom Futuro, uma empresa com mais de 30 anos de atuação no agronegócio no Mato Grosso. Sua riqueza estimada em R$ 32,3 bilhões o coloca como protagonista em um projeto de criação de um fundo de investimentos regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), permitindo que os torcedores participem com aportes financeiros, sem, no entanto, ocupar uma posição na direção.
Por outro lado, Delcir Sonda, que declarou apoio à chapa liderada por Melo, é o proprietário da rede de supermercados que leva seu sobrenome. Com uma fortuna estimada em R$ 5 bilhões, Sonda assumiria o cargo de vice de investimentos de futebol, atuando de forma mais ativa na gestão esportiva do clube, mobilizando outros torcedores abastados para investir recursos.
Propostas e Atuações Diferenciadas:
A diferença crucial entre os dois mecenas reside na forma como planejam atuar. Barcellos, alinhado com Maggi, propõe um fundo de investimentos que permite a participação direta dos torcedores. Essa abordagem busca uma colaboração mais ampla e descentralizada, permitindo que a paixão pelo clube se traduza em investimentos.
Já Sonda, em aliança com Melo, assume uma função mais ativa, ocupando o cargo de vice de investimentos de futebol. Sua expertise no esporte, evidenciada pelo histórico de contratações de jogadores de renome, sugere uma gestão mais diretamente envolvida na construção e fortalecimento do elenco.
Histórico de Contribuições:
Elusmar Maggi ganhou notoriedade ao doar R$ 1 milhão para que o Internacional pudesse utilizar Rodinei diante do Flamengo em 2020. Apesar da intenção, a ação foi infrutífera, e o clube acabou derrotado naquela partida. Por sua vez, Delcir Sonda é um parceiro histórico do clube, contribuindo não apenas financeiramente, mas também participando ativamente em contratações estratégicas.
A eleição do Internacional em 9 de dezembro não é apenas uma disputa entre dois candidatos, mas também uma escolha entre duas abordagens distintas para a gestão financeira do clube. A presença de mecenas bilionários como Maggi e Sonda adiciona uma dimensão única ao cenário, destacando a importância do apoio financeiro para os clubes de futebol modernos.
Seja através de um fundo de investimentos participativo, como proposto por Barcellos e apoiado por Maggi, ou por meio de uma liderança mais ativa na figura de um vice de investimentos de futebol, conforme sugerido por Melo e apoiado por Sonda, os torcedores colorados têm a responsabilidade de escolher não apenas um presidente, mas o caminho financeiro que moldará o futuro do Internacional nos próximos anos.
