Se hoje Ronaldinho está preso em um hotel no Paraguai, em 2006 o gaúcho era o principal jogador do planeta. Havia sido eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2004 e 2005, e era craque de um Barcelona que recém havia conquistado seu segundo título da Liga dos Campeões. Por isso, era a grande preocupação do Inter para a final do Mundial daquele ano.
Cria da base do Grêmio, o jogador concedeu entrevista após a goleada do Barcelona sobre o América-MEX na semifinal do Mundial de Clubes de 2006. Aos 26 anos e ídolo em todos os cantos do planeta, garantiu ser gremista, mas disse que isso não afetaria em nada seus ânimos para enfrentar o antigo rival.
— Sou gremista e vou continuar sendo gremista por toda a minha vida, mas a rivalidade com o Inter não tem mais nada a ver com a minha realidade. Vou enfrentar o Inter como qualquer outro adversário, com todo o respeito, porque sei que o jogo vai ser muito duro. Vou ter o máximo de seriedade — disse ao então repórter de Zero Hora David Coimbra, que viajou ao Japão para acompanhar o Inter no torneio.
— (O Inter) é um time muito forte. Tem o melhor preparador físico do mundo, o Paixão, e vai ser muito duro vencê-lo. Nós, pela primeira vez, não estamos entrando numa decisão como favoritos. Estamos muito cansados, mortos mesmo. Então, temos que jogar para nos divertir e tentar ganhar esse título inédito para o Barcelona — respondeu R10 a David Coimbra.
