O Internacional está lidando com um sentimento ambivalente enquanto retorna a Porto Alegre. O empate em 2 a 2 com o Fluminense no Maracanã demonstrou que o time enfrenta o adversário de forma equilibrada, independentemente do local da partida. No entanto, isso não evitou a repetição de problemas. Para garantir a vaga na final da Conmebol Libertadores, o técnico Eduardo Coudet precisa abordar esses problemas, é claro, mas também deve destacar e fazer prevalecer as qualidades do time colorado.
Considerando tudo o que aconteceu, poderíamos ter vencido o jogo. O Fluminense é uma equipe de qualidade com jogadores excepcionais. Sabíamos que seria um desafio difícil. Agora, nossa meta é ganhar em casa, com o apoio da nossa torcida, para alcançar a final que tanto sonhamos,” afirmou Mercado.
A pressão dos 60 mil torcedores do Fluminense não intimidou o Internacional. A equipe apresentou o terceiro capítulo de sua jornada de evolução. Enfrentando o Fluminense, uma equipe renomada e agressiva, o Internacional assumiu riscos, reconhecidamente. Exibiu algumas fraquezas, no entanto, enfrentou o adversário de igual para igual e não se deixou abater.
O Internacional conseguiu perturbar a equipe de Fernando Diniz de várias maneiras. Pressionou a saída de bola do time carioca e, o mais importante, demonstrou versatilidade em sua forma de jogar. Marcou em diferentes situações, seja pressionando no campo de defesa adversário, fazendo trocas de passes rápidos, utilizando as arrancadas de Wanderson e Enner Valencia e até mesmo marcou um gol de bola aérea, algo que foi um desafio ao longo do ano, com Hugo Mallo cabeceando para o gol. Isso levou à alegria dos 4 mil torcedores colorados que, mesmo longe do Beira-Rio, fizeram sua presença ser sentida nas arquibancadas do Maracanã.
Houve oportunidades para aumentar a vantagem com os dois atacantes, porém, Fábio, o goleiro adversário, estava em uma noite inspirada. Quando ele não conseguiu evitar o gol do camisa 13, a equipe acabou sendo salva por duas marcações de impedimento.
O time enfrenta uma corrida contra o tempo para solucionar seus problemas. Quando estiver pronto para o arremate, será crucial tomar as decisões certas. Isso foi evidenciado quando Valencia, em vez de finalizar de perto, optou por passar para Alan Patrick e desperdiçou uma excelente oportunidade.
O estratégico Coudet terá que encontrar uma maneira de não permitir que a equipe “entre pelo Cano”, desculpando o trocadilho. Afinal, o argentino é o artilheiro da Libertadores com 11 gols. Caso contrário, a ambição pode se tornar dramaticamente frustrante. Tendo estado tão perto da vitória, permitir ao argentino finalizar resultou no conhecido desfecho: gol, empate por 2 a 2 e a necessidade de vencer na próxima quarta-feira. Mesmo assim, o Internacional está a apenas dois jogos da tão desejada “Glória Eterna”.