Coudet detona geral em Coletiva e faz pedido aos torcedores do Inter

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Após a emocionante vitória do Internacional sobre o Bahia por 2 a 1 na estreia do Campeonato Brasileiro, o técnico Eduardo Coudet não apenas celebrou o resultado, mas também abordou um tema sensível em sua entrevista coletiva: a relação com a imprensa.

Com uma franqueza que reflete sua personalidade forte, Coudet não hesitou em expor as dificuldades que enfrenta diariamente diante de certos veículos de comunicação no Rio Grande do Sul. Ele não apenas destacou o constante bombardeio de críticas que vem recebendo desde sua chegada em 2020, mas também apontou especificamente para um grupo de jornalistas que, segundo ele, têm como objetivo “assassiná-lo” em suas reportagens.

“O torcedor não tem que consumir merda. Tem 4, 5 jornalistas aqui que me assassinam. Não fui mal-educado. Em 2020, me fritavam o tempo todo. ‘Sou o pior treinador do mundo’. Os números não são tão ruins. Temos que acreditar e ir juntos”.

“Tem 4 ou 5 jornalistas que me assassinam diariamente. Em 2020 me fritavam. Hoje sou o pior técnico do mundo. O único que peço ao torcedor é apoio durante o jogo. Depois me cobrem como queiram”, afirmou Coudet, demonstrando uma mistura de desabafo e determinação.

Essas palavras, carregadas de frustração, revelam não apenas a pressão inerente ao papel de um treinador de futebol em um clube de grande porte, mas também a complexa dinâmica entre técnico, torcedores e mídia. Coudet parece entender a importância do apoio da torcida e reconhece que a cobrança faz parte do jogo, mas claramente busca um espaço onde possa exercer sua função sem ser constantemente alvo de críticas muitas vezes injustas.

Ao destacar que muitos dos críticos não estão presentes no calor das arquibancadas, mas sim em ambientes mais protegidos, Coudet aponta para uma desconexão entre os que opinam e os que realmente sentem a paixão pelo clube no dia a dia. Sua mensagem parece ser clara: aqueles que estão verdadeiramente envolvidos com o clube entendem a importância do apoio incondicional, mesmo nos momentos mais difíceis.

Além de abordar a questão da pressão midiática, Coudet também fez questão de elogiar a determinação e personalidade demonstradas por sua equipe após sofrer o gol. Ele reconhece que sempre há espaço para melhorias, mas destaca a importância de conquistar a vitória em um momento inicial tão crucial da competição.

“Mostramos muita personalidade depois de tomar o gol. Sempre é difícil. Viramos o jogo. Sempre podemos jogar melhor. Nesta tensão inicial não é fácil jogar bonito. Precisávamos ganhar”, afirmou o técnico argentino, ressaltando a resiliência e a capacidade de reação de seus comandados.

Em meio às críticas e à pressão, Eduardo Coudet emerge como um líder que busca não apenas resultados dentro de campo, mas também um ambiente onde seu trabalho possa ser avaliado de maneira justa e equilibrada. Sua determinação e franqueza na abordagem desses temas refletem não apenas um treinador, mas um indivíduo que luta contra as adversidades em busca da glória esportiva e do respeito merecido.

Assista a coletiva de Eduardo Coudet após a vitória sobre o Bahia: