O Grêmio decidiu não ceder o estádio Olímpico para abrigar desabrigados. A decisão foi tomada na segunda-feira (20) pelo Conselho de Administração do clube.
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, já comunicou a decisão ao prefeito Sebastião Melo. O pedido foi feito com o objetivo de centralizar os pontos de abrigo na capital.
Os argumentos de Alberto Guerra, mandatário do Grêmio
O Grêmio argumenta que os contratos vigentes com Karagounis e OAS26 impedem a cessão do estádio por tempo indeterminado. No entanto, o clube continuará disponibilizando o terreno da Azenha como ponto de coleta de doações.
“Em resposta à sua solicitação, informamos que, infelizmente, não podemos disponibilizar o espaço do estádio, conforme solicitado. Não se trata de falta de vontade de colaborar – algo que já demonstramos – mas sim de limitações contratuais”, explicou Guerra em comunicado ao prefeito Melo.
O Grêmio destacou que uma decisão dessa magnitude precisaria ser avaliada pelo Conselho Deliberativo, o que levaria mais tempo do que a prefeitura dispõe.
A prefeitura, por sua vez, já está planejando utilizar parte do terreno do Complexo do Porto Seco. O espaço selecionado é o estacionamento, que pode abrigar cerca de 800 pessoas.
A ideia é transformar o local em uma cidade provisória, com áreas para dormir, cozinhas comunitárias, brinquedotecas, lavanderias coletivas e espaços para animais de estimação.
Além de Porto Alegre, as cidades de Canoas, Guaíba e São Leopoldo também terão essas cidades provisórias. A intenção é abrigar 65% das pessoas sem moradia na Região Metropolitana até que possam retornar às suas residências. O governo do Estado já está contratando empresas para fornecer os materiais necessários.