A torcida apaixonada, as aquisições de reforços estratégicos e o desempenho consistente são os fatores que permitem ao Internacional alimentar o sonho do terceiro título da Libertadores.

As razões para crer são distintas. Desde o retorno de Coudet, o Colorado conseguiu oferecer uma equipe mais consistente, com novas ideias e que não se furta de atacar. Se no Brasileiro marcar gols é uma tarefa hercúlea, na Libertadores os gaúchos não sofrem. São 16 bolas nas redes, oito com a dupla Alan Patrick e Valencia, em 10 jogos.

A torcida é determinante. O fator Beira-Rio fez a diferença contra o River Plate nas oitavas. As arquibancadas “rugem”, como eternizou Fernando Carvalho, presidente campeão do mundo em 2006. Mobilizados, os colorados preparam ruas de fogo e um ambiente de pressão para a volta. Antes, serão quatro mil vozes contra um estádio lotado de tricolores.

Com uma campanha que inclui seis vitórias, três empates e apenas uma derrota, o Internacional superou adversários como Independiente Medellín, Nacional e Metropolitanos na fase de grupos, e posteriormente River Plate e Bolívar nas oitavas e quartas de final, respectivamente. O portal ge destaca diversas razões que indicam que a conquista da Libertadores é uma possibilidade real

Coudet, o treinador argentino, voltou ao Beira-Rio após três anos, encontrando um ambiente marcado por divisões entre admiradores e críticos. Com maior maturidade e experiência, Chacho conseguiu dissipar as incertezas ao transformar a equipe na Libertadores, embora enfrente desafios no Brasileirão.

Coudet é um técnico que se manifesta intensamente à beira do gramado. Ele grita, demonstra seu entusiasmo e direciona sua equipe com gestos. Ele mostrou entender a competição e como abordá-la. Com um amplo repertório tático, ele prefere pressionar a saída de bola do adversário, mas também se adapta às necessidades do jogo.

No confronto com o Fluminense, o treinador optará por escalar Hugo Mallo na lateral direita em substituição a Bustos. Essa escolha visa aproveitar a solidez defensiva do jogador espanhol para reduzir os espaços concedidos a Keno.

O desempenho do Internacional no Brasileirão levanta questionamentos sobre como a equipe pode estar entre as quatro melhores da América do Sul. Longe de repetir os erros e atuações apáticas que resultaram em uma constrangedora 13ª posição, com apenas 29 pontos, ficando a 22 pontos do líder Botafogo, 13 atrás do Bragantino, que fecha o G-4, e apenas quatro pontos à frente do Bahia, que inicia a zona de rebaixamento.

Entretanto, a equipe demonstrou outra faceta no mata-mata, mostrando-se combativa, disputando cada bola com determinação, tendo a capacidade de criar oportunidades, enganar o adversário e resistir à pressão defensiva. A única derrota na competição ocorreu diante do River Plate, com um placar de 2 a 1, em Buenos Aires, mesmo com uma atuação sólida no primeiro tempo.